25 NOV | 14h30-17h30 |Largo José Saramago (Campo das Cebolas)
O caminho da guerra tem-se aprofundado pelas opções políticas de inúmeros governos por esse mundo fora, entre os quais o Governo Português, que redirecionam verbas essenciais ao bem-estar das populações, em especial dos trabalhadores, negando, por exemplo, o aumento real dos salários, mas também degradando direitos essenciais no campo da saúde, educação, proteção social e habitação, canalizando agora essas mesmas verbas para a corrida aos armamentos, financiando, sem qualquer pudor, a indústria militar e a sua máquina de destruição e morte.
Neste cenário, o STML, fiel aos princípios da Solidariedade Internacional, à defesa da Paz e dos Direitos Humanos, manifesta a sua profunda preocupação com esta escalada militarista. Por exemplo, na proposta de Orçamento do Estado para 2026, o Governo AD aumenta em 14,5% as verbas para a “defesa”, enquanto que para a Saúde, assume a sua redução, face a um pretenso aumento de 1,5%, que na prática se evapora pela inflação.
Neste contexto, enfatizamos a situação na Palestina e o genocídio que Israel tem levado a cabo contra o Povo Palestiniano, mesmo que agora se crie a ilusão de um pretenso desbloqueamento da ajuda humanitária. Apesar do cessar-fogo, Israel continua a atacar a Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que intensifica a agressão e a ocupação na Cisjordânia. A ajuda humanitária continua a não ser suficiente para suprir as necessidades deste Povo, tão massacrado nas últimas décadas e em especial nos últimos dois anos. Os bombardeamentos continuam, e com eles a chacina diária de seres humanos, entre os quais milhares de crianças. Aos que não morreram pela força dos bombardeamentos ou pela fome, juntam-se outros tantos milhares de palestinianos deslocados, porque obrigados a fugir das suas casas, impedidos neste momento de regressarem às suas habitações e terras de origem.
Por tudo isto, o Sindicato considerou essencial realizar um encontro sobre a Paz e a Solidariedade com o Povo da Palestina, para o qual também convidámos a CGTP-IN, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, e o Movimento Cultura É Resistência. A destruição, as perdas humanas, o sofrimento das populações civis e a destruição do meio-ambiente são intoleráveis. A guerra, onde quer que ocorra, nega a dignidade humana, os direitos dos trabalhadores e compromete o futuro das próximas gerações.
Dia 25 de novembro, no Largo José Saramago (Campo das Cebolas), daremos expressão ao compromisso com a defesa da vida, da dignidade e da paz entre os povos. Convidamos assim todos os trabalhadores do município de Lisboa a participarem nesta iniciativa que terá lugar no dia 25 de novembro*.
A inércia é cobarde, o silêncio é cúmplice, a indiferença mata. Pela Paz, pela Justiça, pelos Direitos Humanos.
*De forma a permitir a participação, os trabalhadores terão dispensa ao abrigo da Lei sindical entre as 14h30 e as 17h30.
