A Frente Comum convoca todos os trabalhadores da Administração Pública e do Sector Empresarial Público para uma Greve Nacional no dia 24 de outubro, em resposta à proposta inaceitável do Governo que insiste em manter aumentos salariais irrisórios — 56,58€ em 2026 e 60,52€ em 2027 e 2028, prolongando um acordo que perpetua a desvalorização dos salários e das carreiras públicas.
Esta greve é um grito coletivo contra o empobrecimento dos trabalhadores, que enfrentam uma escalada no custo de vida sem qualquer compensação justa. O Salário Mínimo Nacional já representa 64% da remuneração base média e 84% da remuneração mediana, esmagando os salários dos trabalhadores com qualificações médias e elevadas e comprometendo o desenvolvimento do país.
A situação é insustentável:
- 34% dos trabalhadores da Administração Pública ganham menos de 1.000€.
- A proposta do Governo não responde às necessidades reais dos trabalhadores nem à urgência de recuperar o poder de compra perdido.
- A manutenção do SIADAP, a ausência de valorização das carreiras e a falta de medidas concretas para reverter a precariedade laboral são sinais claros de uma política de desinvestimento nos serviços públicos.
Por isso, a luta continua com a Marcha Nacional convocada pela CGTP-IN para o dia 8 de novembro, em Lisboa. Esta marcha será uma demonstração de força contra o pacote laboral do Governo, que ameaça agravar ainda mais as condições de trabalho, dificultar o exercício do direito à greve e facilitar os despedimentos.
Unidos na Greve, Juntos na Marcha!
- 24 de outubro: Paramos para exigir respeito, justiça e valorização (pré-aviso de greve de 24 horas)
- 8 de novembro: Marchamos para defender os nossos direitos e o futuro do trabalho digno (pré-aviso de greve das 12h00 às 21h00).
“Esta crescente distorção de salários cria grandes obstáculos ao crescimento económico e desenvolvimento do país, pois sem trabalhadores altamente qualificados e grandes competências isso não será possível”. www.sprc.pt
“Entre 2011 e 2024, os trabalhadores mais qualificados da Administração Pública perderam €1.183 milhões de poder de compra”, resultado de políticas que “reduzem o défice e a dívida pública à custa dos trabalhadores da Administração Pública”. www.sep.org.pt
“Durante toda a sua vida ativa, se não se verificar atualizações na tabela remuneratória única, como está a suceder, o trabalhador só tem a certeza de ter quatro aumentos na sua remuneração num período de 40 anos”. ionline.sapo.pt
Na Greve de 24 de outubro e na Marcha de 8 de novembro, para além do urgente aumento real dos salários, exigimos respostas às matérias relacionadas com a identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido, ao alargamento e atualização do suplemento de insalubridade e penosidade, ao aumento do subsídio de almoço, à diminuição da quotização da ADSE para 1,5% sobre 12 meses, à revogação do SIADAP, entre muitas outras reivindicações.
A tua participação é essencial.
A tua voz conta.
O teu futuro depende da luta que travamos hoje.