- Salários estagnados não permitem uma vida digna! -

O Orçamento do Estado para 2018 foi uma desilusão para a imensa maioria dos trabalhadores da administração pública. O descongelamento das progressões na carreira, além de inaceitavelmente faseado em 4 prestações, demonstrou claramente os efeitos de um pernicioso sistema de avaliação (SIADAP) que impede objetivamente a valorização e progressão profissional. A sua revogação torna-se, mais do que nunca, uma prioridade só possível alcançar com a luta organizada e determinada de todos.

O combate à precariedade nas várias administrações públicas tem demonstrado uma falta de seriedade do atual Governo face ao que apregoa e ao que na prática legisla. As deficiências da Lei criada nesse sentido apontam um horizonte difícil para muitos trabalhadores, que nos obrigará a uma intensa e afinada intervenção procurando a resolução de uma das chagas que mais afetam a nossa sociedade. Não baixamos os braços e lutaremos para que a um posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado.

Mas o eixo central na vida de quem trabalha – o salário – mantém-se estagnado há demasiado tempo, consubstanciando na prática uma diminuição real do poder de compra dos trabalhadores face ao aumento, esse recorrente, dos custos com a saúde, a educação, bens essenciais como a alimentação, água, eletricidade, renda, combustíveis, entre outros.

Realidade disfarçada, em fraca medida, pelo recurso ao trabalho extraordinário pago miseravelmente (onde o mesmo é realizado), aos complementos remuneratórios, sempre desatualizados ou dubiamente regulamentados, fazendo dos trabalhadores reféns de um espaço sem tempo para a sua vida familiar e pessoal, para os seus projetos individuais e legítimos como adquirir habitação adequada ou construir família. Em suma, ter no presente a perspetiva de um futuro digno.

São estes os motivos que nos movem e que justificam a exigência ao atual Governo de melhores salários, respondendo à reivindicação dos 4%, com aumento mínimo de 60 euros, para todos os trabalhadores da administração pública. Uma reivindicação perfeitamente exequível! À força de cada um, conjugamos e agregamos a força de todos!

A política que procura banalizar os baixos salários baixos não é uma inevitabilidade, é antes o resultado de vontades e opções de sucessivos governos que agora interessa inverter, com força e determinação, participando na luta de todos e para todos!

Dia 16 de Março!

Concentração às 14h30 nos Restauradores!

Pré-aviso de Greve das 12h00 às 21h00.