STML - Desde 1977 a lutar pelos trabalhadores
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12 Novembro - Manifestação Nacional da Administração Pública Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 08 Novembro 2011 14:48

cartaz manifestação 12 de Novembro de 2011O governo decidiu lançar sobre os trabalhadores da administração pública e sector empresarial do estado, o mais feroz e violento ataque de que há memória no Portugal livre e democrático. A arma de arremesso contra todos nós, é o Orçamento de Estado (OE) para 2012, sem dúvida alguma, o instrumento político mais nocivo aos interesses dos trabalhadores do Estado desde 1976!

Às medidas já conhecidas de todos, consubstanciadas no roubo sem precedentes dos subsídios de férias e de natal para quem aufere mais de € 1.000,00 e de um subsídio para quem ganha menos desse valor, é necessário somar tantas outras, no que diz respeito à sua gravidade e injustiça, nomeadamente:

  • Redução do valor do trabalho extraordinário até 50%;
  • Roubo definitivo da remuneração correspondente ao descanso compensatório;
  • Despedimento de 15.000 trabalhadores;
  • Destruição da ADSE, com redução das verbas do OE e o fim de inúmeras comparticipações.

Poderíamos referir muitas outras medidas, mas a ideia geral já todos percebemos e falamos da ponta do iceberg, porque o governo prepara-se para ir mais longe, caso não seja obrigado a arrepiar caminho, só possível com a luta determinada de todos.

 

Aliado a esta autêntica declaração de guerra aos trabalhadores da administração pública, o governo PSD/CDS diminui drasticamente as verbas para todos os ministérios, excepto um, o da Administração Interna...

Na área da saúde, da educação ou da segurança social, o que se perspectiva é a negação de direitos consagrados constitucionalmente. Na óptica da direita instalada na Assembleia da Republica, o acesso a estes Direitos fundamentais dependerá da "carteira de cada um", o que é inadmissível e vergonhoso!

Recuamos no tempo a passos largos com Passos Coelho, Portas e tantos outros que pactuaram desde o 1º dia com esta política de destruição e retrocesso civilizacional.

Simultaneamente e como se já não bastasse, o governo aumenta tudo o que é imposto e dá-se ao luxo de criar alguns novos, como é o caso do imposto especial que nos roubará, em fins de Novembro, metade do subsidio de natal!

São de facto muitos e graves atropelos à dignidade dos trabalhadores e, principalmente, às suas condições e qualidade de vida.

No Município de Lisboa, assistimos ao mesmo filme, isto é, António Costa e o seu PS, decidem que devem ser os trabalhadores do município os pagadores pela falência da política até aqui implementada.

Afirma o Sr. presidente que vivemos tempos de crise e é necessário reduzir a despesa (discurso semelhante tem o governo) e, como tal:

  • Deixa de pagar os títulos de transportes públicos essenciais à prestação dos serviços;
  • Deixa de pagar o descanso compensatório a milhares de trabalhadores, apesar de continuarem a trabalhar para além do seu horário de trabalho normal;
  • Corta no trabalho extraordinário colocando em risco o próprio funcionamento dos serviços;
  • Quer alterar horários de trabalho, com a introdução de turnos, para puder pagar menos aos trabalhadores que fazem o mesmo ou mais;
  • Desinveste nos serviços, degradando as condições de trabalho dos funcionários da autarquia;
  • Deixa arrastar obras imprescindíveis em locais de trabalho, hoje extremamente degradados;
  • Despede, objectivamente, 50 trabalhadores;
  • Cria uma "bolsa de preferências" cujo processo não tem fim à vista e, simultaneamente, desvaloriza e despreza as vontades e justas aspirações de centenas de trabalhadores.
  • Despedimentos encapotados através da fusão de empresas municipais.
António Costa e o PS estão na origem do mais gravoso processo de reestruturação de serviços, quer para os trabalhadores e serviços municipais, quer para a cidade e população de Lisboa.

 

Por outro lado, concede 150 mil euros à Fundação Mário Soares; 18 milhões de euros para um clube de futebol da cidade; 10 milhões de euros para um conjunto de empresas que deveriam gerir os espaços verdes de Lisboa e privatiza o espaço público da cidade isentado do pagamento de taxas municipais todas as empresas privadas que queiram promover as suas marcas...e, claro está, afirma António Costa que as receitas têm diminuído! Por este caminho, o resultado não podia ser outro!

É preciso dizer BASTA!

No próximo dia 12 de Novembro, devemos participar na grande Manifestação Nacional da Administração Pública, antevendo o que será uma grande e poderosa Greve Geral a 24 do mesmo mês.

O STML apela assim, a todos os trabalhadores do município de Lisboa que não pactuem com a política que, de facto, não os tem em consideração.

 

 

Dia 12 de Novembro, concentramo-nos às 14h30 na esquina da
Rua Braancamp ao Marques de Pombal.

 

Pré-aviso de greve das 13h00 às 20h00.

Não cales o teu protesto, luta pelos teus direitos.