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42ºAniversário da Revolução do 25 de Abril Versão para impressão Enviar por E-mail
Segunda, 18 Abril 2016 13:37

25 Abril SempreSó com a Revolução de 1974 foi possível recuperar o nosso país que sem liberdades e sem democracia, estava há décadas minado pela pobreza extrema, pelo desemprego, pelo analfabetismo, pelo emigração de milhares de portugueses que procuravam noutras partes do mundo uma perspetiva de vida e de futuro, já que na sua própria terra eram perseguidos ou empurrados para a morte, por delito de opinião, pela guerra que então decorria em África, ou mesmo pela fome.

Aos portugueses eram negados os direitos e as liberdades mais básicas pela força repressiva do Estado fascista liderado por Salazar e Marcello Caetano. Depois de 48 anos de ditadura, irrompe o 25 de Abril e com ele nasce umbilicalmente a Constituição da República Portuguesa que este ano comemora 40 anos desde a sua aprovação e publicação.

Na lei maior que regulamenta e ainda hoje define o regime democrático português, sobressaem os diretos, liberdades e garantias alcançados que elevaram indesmentivelmente a qualidade de vida dos trabalhadores portugueses.

Da conquista de direitos políticos e sociais, da liberdade, associação e representação sindical, do salário mínimo nacional, ao subsídio de férias, à proteção social no desemprego, na doença e na velhice, ao direito à saúde, educação, desporto, cultura, justiça e habituação, no direito à igualdade e à não discriminação em função do sexo ou outro motivo qualquer, tudo consubstanciando num mar de muitas outras medidas, os elementos concretos que permitiram a construção e consolidação da democracia em Portugal, com reflexos práticos na vida do dia-a-dia dos portugueses.

Contudo, não ignoramos que logo a partir de 25 de Novembro de 1975, recuperaram posições as forças políticas derrotadas com a Revolução de 1974 e que durante as décadas da ditadura enriqueceram à custa da miséria do povo português. Forças que ainda hoje se manifestam violentamente através da política interna defendida e imposta, submissa aos interesses externos que emanam da Comissão Europeia, claramente contrária aos interesses de quem vive e trabalha no nosso país.

É verdade que os últimos anos foram de uma pobreza acelerada para a imensa maioria dos trabalhadores, mas também é de enaltecer a sua combatividade e resistência que teve finalmente o seu culminar favorável com os resultados das eleições legislativas do ano passado. A direita retrógrada foi derrotada e uma nova correlação de forças na Assembleia da República alcançada, sendo possível hoje inverter o ciclo desastroso que PSD/CDS defendiam e pretendiam continuar.

Se de uma inversão política falamos, não podemos deixar de evidenciar por enquanto o seu curto alcance. É preciso ir mais longe, é urgente recuperar os princípios e valores de Abril plasmados e consagrados na Constituição da República Portuguesa e materializa-los de facto, isto é, ao ponto dos seus efeitos serem visíveis na vida concreta dos trabalhadores e do povo português, mas também na defesa do nosso país que continua amarrado a interesses que não são os seus, os nossos!

Comemorar o 25 de Abril na rua é celebrar, exigir e defender a independência e a soberania do nosso país, é exigir e defender os nossos direitos, liberdades e garantias, em suma, é consolidar a democracia, a liberdade e a justiça social enquanto elementos indissociáveis e indispensáveis a um Portugal com futuro que obrigatória e positivamente nos envolve a todos enquanto portugueses, enquanto trabalhadores e da administração pública local em particular.

No dia 25 de Abril, às 15h00 no Marquês de Pombal. Porque o futuro não se constrói sem ti, não deixes que ele se faça sem ti.

25 de Abril Sempre! Fascismo nunca mais!