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Aos trabalhadores da Limpeza Urbana - Greve 23 de Dezembro a 5 de Janeiro Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 03 Janeiro 2014 12:35

stal 90x90stml90x90• Pela manutenção do vínculo laboral à CML
• Contra o desmantelamento dos serviços municipais
• Contra o esvaziamento de atribuições de serviço da CML

 

O STML e o STAL saúdam todos os trabalhadores da limpeza urbana que, tendo aderido à greve convocada por estas estruturas, contribuíram ativa e determinantemente para chamar a atenção face às medidas gravosas que se anunciam para este sector.
Medidas que se agravam com o ataque a que estão sujeitos no âmbito da transferência para as juntas de freguesia, estando em causa o futuro dos serviços públicos municipais associado à incerteza no que diz respeito à manutenção dos seus postos de trabalho.


Não estamos insensíveis aos incómodos que a nossa luta causou aos munícipes de Lisboa. Os efeitos desta paralisação foram mais uma prova de que este é um serviço imprescindível ao bom funcionamento da cidade e ao bem-estar de quem vive e trabalha em lisboa. Preocupações que também assumimos como nossas!
Contudo, não podemos deixar de criticar duramente todos os expedientes usados pela autarquia para dissuadir os trabalhadores na adesão à greve, ou as medidas assumidas no sentido de minimizar o seu impacto, muitas delas claramente ilegais. Estratégias que foram sempre conjugadas com uma poderosa contrainformação com eco privilegiado nos principais órgãos de comunicação social, procurando colocar os munícipes contra os trabalhadores e sindicatos.

Dentro deste cenário do ‘vale quase tudo’, o executivo municipal com uma prepotência inaudita, pretende aplicar um procedimento nunca utilizado nesta Câmara Municipal, ou seja, quer obrigar todos os trabalhadores da limpeza urbana a trabalhar no dia do seu descanso semanal obrigatório. Para o efeito, afixa escalas para o trabalho extraordinário para o dia 5 de Janeiro (domingo), no período diurno, e para o dia 6, no período noturno.
Não tendo em consideração que, por norma, o domingo é o único dia de descanso dos trabalhadores da limpeza urbana e consequentemente, o único dia em que estes podem reservar por inteiro às suas famílias, a Câmara Municipal convoca sem olhar a meios todos os trabalhadores para laborar impondo, unilateral e coercivamente, alterações inaceitáveis à programação da vida familiar e pessoal de cada um.
O STML e o STAL compreendendo a necessidade de após o período de greve, se repor a normalização da recolha de resíduos sólidos na cidade, não pode deixar de criticar este procedimento autoritário e relembramos todos os trabalhadores que no dia 5 de janeiro (domingo), ainda vigora o pré-aviso de greve conjunto dos dois sindicatos até às 24h00.
Recordamos ainda, que para o dia 6 de janeiro (domingo para segunda feira, no denominado período noturno), todos os trabalhadores da administração pública local estão abrangidos por um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário por tempo indeterminado, que vigora desde o dia 1 de Janeiro de 2013.
Considerando que num passado recente e nos casos em que houve necessidade de dar resposta a situações urgentes no âmbito da limpeza da cidade, foi possível e praticável através do regime de voluntariado, encontrar as melhores soluções, não vislumbramos qualquer razão para que este procedimento não volte a ser aplicado.


Deste modo, todos os trabalhadores que não desejem trabalhar nestes períodos, estão salvaguardados pelos pré-avisos de greve referidos e, se assim o entenderem, não terão de comparecer nos respetivos locais de trabalho.