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Contra a venda do Saneamento à EPAL! Contra a externalização da gestão dos Museus e Galerias Municipais! Versão para impressão Enviar por E-mail
Quinta, 13 Janeiro 2011 16:05

No dia 13 de Janeiro os trabalhadores do Departamento da Cultura afectos aos Museus e Galerias municipais e os trabalhadores do Departamento de Saneamento, Brigada de Colectores paralisaram o trabalho numa acção de protesto contra o processo de reorganização dos serviços municipais da responsabilidade do actual executivo.

À porta das instalações da Brigada de Colectores, os trabalhadores efectuaram um plenário e deslocaram-se até Xabregas distribuindo um documento à população onde se denuncia os efeitos nefastos da possível venda do saneamento da cidade à EPAL.

A venda deste importante serviço público municipal não serve, nem os interesses dos trabalhadores, nem os interesses da população e da própria cidade de Lisboa.

 

O negócio defendido por António Costa, prevê o encaixe imediato de 100 milhões de euros, mas hipoteca 2.500 milhões de euros de taxas de saneamento. O negócio com a EPAL será por 50 anos e será esta empresa pública (até à sua privatização em 2013, ao abrigo do PEC 2009-2013) que ficará com valor anual respeitante às taxas de saneamento, o mesmo é dizer, 50 anos x 50 milhões de euros/ano de taxas. A EPAL agradece, mas nós contestamos e reprovamos!

A EPAL não tem conhecimento histórico sobre saneamento o que implica que terá que contratar empresas privadas para realizar este serviço. A consequência imediata destas empreitadas, será o encarecimento das taxas de saneamento, custo que será suportado, obviamente pela população da cidade de Lisboa.

O ataque aos serviços públicos municipais está bem plasmado nas intenções de António Costa através da sua proposta de reorganização de serviços. Esta proposta será, muito provavelmente, votada na Assembleia Municipal de Lisboa no final de Janeiro.

 

Também os trabalhadores dos Museus e Galerias municipais contestaram hoje, a intenção do executivo camarário de externalizar a gestão destes equipamentos culturais para a empresa municipal, EGEAC.

Sendo do conhecimento público, as grandes dificuldades financeiras que esta empresa municipal atravessa, não se percebe em que condições poderão gerir futuramente, os museus e galerias da cidade de Lisboa.

Os trabalhadores afectos ao Departamento da Cultura, não têm ainda hoje, informações concretas sobre o seu futuro e dos seus postos de trabalho.

Sabem contudo, que António Costa, claramente menospreza a experiência e conhecimento adquirido ao longo dos anos pelas dezenas de trabalhadores municipais!

Sabem ainda, que António Costa desvaloriza as críticas e propostas dos trabalhadores e do seu sindicato, face à intenção em esvaziar importantes equipamentos culturais do município.

À porta do Museu da Cidade, os trabalhadores dos museus e galerias municipais, distribuíram um documento à população onde se denuncia as intenções de externalização = privatização, já referidas.

A luta, para os trabalhadores do Saneamento, Brigada de Colectores e da Cultura, Museus e Galerias, irá continuar!

Em defesa dos postos de trabalho e dos serviços públicos, o STML não desarma e contestará sempre as políticas de direita que também estão a ser implementadas na Câmara Municipal de Lisboa pela maioria PS.